Especulações livres

1 de jun. de 2012

Des-razão

Recentemente, tive um encontro muito próximo com um universo que me assusta profundamente: a perda da razão, do contato com o real. Não aconteceu comigo, mas com pessoas muito próximas de mim, e confesso que fiquei angustiado e profundamente abalado pela experiência. Sentir de perto esses eventos me fez pensar muito sobre o que nos amarra a um real, uma realidade (a banalidade como no post anterior), aquelas coisinhas que de tão naturais não pensamos muito a respeito: acordar, ir ao trabalho, lidar com gente chata, pegar ônibus, ver TV, dialogar com alguém. Enfim, a vida dita "normal". Como consegui articular depois de pensar muito, eu mesmo sou quase que amarrado, acorrentado à realidade; tenho dificuldades em me soltar, fantasiar, me deixar levar pelo acaso ou pelo inesperado. E quando a pessoa perde essas amarras, e não consegue voltar? Ao mesmo tempo em que me deu muita angústia pensar nessas eventualidades, pensei muito também sobre as minhas amarras psíquicas, que por um lado me seguram, e por outro também.

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