Especulações livres

24 de ago. de 2006

Músicas que me agradam

Escutei isso hoje e adorei... Hip hop com poesia, com musicalidade, com ritmo e inteligência.



Essa, do mesmo artista, é meio "nerdy hip-hop" (esse termo eu mesmo que inventei agora). Muito bom.

20 de ago. de 2006

Mandioca neles!

Para quem ainda não se deu conta do valor artístico e moral dos programas partidários na TV, aqui vão algumas pérolas. Depois tem gente que ainda acha complicado explicar por que estamos onde estamos!






E tem o eterno Clodovil:

17 de ago. de 2006

"A luta é nóis"

Finalmente alguém postou no Youtube o vídeo que o PCC obrigou a Rede Globo (ousadia!) a transmitir para o Brasil inteiro. Daria pra fazer milhões de comentários sobre isso: sobre como a realidade hoje é midiática, e até o PCC consegue ocupar esse espaço; sobre como o PCC é um fenômeno social novo, dramático e mal-compreendido; sobre a ausência do estado e das instituições no país, permitindo que esses ataques aconteçam da forma como estão acontecendo; sobre o papel da Globo na nossa democracia, ou melhor, sobre o papel da Globo na falência da nossa democracia, desde que foi fundada nos anos 1960, e até sobre ironia da coisa toda. Mas prefiro deixar a coisa falar por si mesma. Interessante é pensar que o manifesto, com certeza, teve ajuda de alguém que conhece a lei em detalhes. Assustador pensar na demanda específica deles, o fim do Regime de Detenção Diferenciado. O negócio deve atrapalhar mesmo a comunicação dos líderes com a tropa. Quem sabe, no próximo vídeo, já poderão pedir abertamente por TV de plasma, celulares e lagosta toda sexta-feira, coisa que já pedem por aí!
Abaixo o vídeo:

13 de ago. de 2006

Só viagem

Explodindo tudo ao som de Pink Floyd... O hippie dentro de mim teve um orgasmo.

O fim da cordialidade

Um dos mitos de fundação mais presentes no imaginário intelectual brasileiro é o do homem cordial. Termo criado por Sergio Buarque de Holanda, o conceito busca interpretar as formas personalistas de organização da sociedade brasileira, pautadas por relações pessoais e diretas e não pela impessoalidade e racionalidade, características da chamada "modernidade". Essa interpretação é sempre profética, e a cada novo escândalo de corrupção no Brasil, temos a chance de perceber o quanto o nosso estado é apropriado para uso privado, coisa que já falei aqui várias vezes. A modernidade, o estado e o império das leis prevêem cidadãos iguais perante a lei, tratados de forma impessoal, a fim de manter intacta essa diferença entre o público e o privado. Nada mais estranho à organização social do nosso país, como todos sabemos. Se insistimos em falar em modernidade, estado e leis, é mais por inércia ou desejo de alcançar esse padrão de civilização do que numa tentativa de descrever o modus operandi em vigor em Pindorama. Vulgarmente, o termo descreve outro mito presente entre nós: o de que o brasileiro é um povo alegre, hospitaleiro e receptivo, avesso à violência e a mudanças bruscas. Por isso mesmo, rementendo a um post anterior, é que não haveria revolução de nenhum tipo no país. Esse mito, que esconde uma sociedade desigual, violenta e cruel, nos dá um certo sentimento de pertença: somos pobres, mas somos felizes; ou algo desse tipo. Imagens e fatos alheios a essa imagem nos fazem inquietos, ansiosos e nos forçam a perceber que vivemos uma negação imensa. Esse tipo de negação é responsável, por exemplo, pela reação clara e direta, vinda da elite intelectual, contra qualquer projeto de cotas baseadas na raça. Essa negação nos protege do caos interno quando vemos cenas como esta, rapidamente censurada das televisões, talvez pelo seu caráter perturbador. A cena mostra uma reportagem na qual uma câmera escondida flagra um ponto de roubos de carros no centro de Curitiba. A câmera chega a filmar um flanelinha arrombando o carro, e uma dupla de policiais que, após roubar um aparelho de som, fazem a ocorrência da suas próprias vítimas, com a maior cara de pau. No vídeo do Youtube, filmado de uma televisão, podemos ouvir os comentários atônitos dos espectadores. Um deles menciona que o ladrão "nem tem cara de malaco"... Claro, pois é branco e bem vestido. Ainda somos guiados por fantasias absurdas, como a de que bandido é negro, sujo, maltrapilho. Guiamos nossas percepções de realidade por desenhos da Disney e novelas mexicanas, onde o bem e o mal estão claramente demarcados por cores e olhares estereotipados. Nossa sociedade, "cordial", não tem violência nem racismo, diz a lenda. Ficamos orgulhosos, criticando os "gringos" pela sua frieza, e enchemos o peito de orgulho ao comentarmos com todo mundo que, no Brasil, amizade ainda tem lugar, nos importamos com o próximo, e um sem-número de idiotices típica da nossa (coletiva) ignorância.
Comecei a comentar esse conceito de cordialidade, de fato, pois queria pensar uma ligação entre um vídeo de 2004, de um jovem artista baiano, com o vídeo exibido ontem pela Globo, mostrando um manifesto do PCC. Como fica claro pelo texto acima, fico exaltado quando começo com essas críticas todas. Sintoma de um momento pessoal e de desagregação social; mas que é apenas aparente. O que estamos vivendo é apenas um olhar no espelho, olhando a sociedade brasileira por aquilo que ela é; e isso é doloroso. O vídeo baiano em questão chama-se "O fim do homem cordial", e foi bastante badalado no circuito das artes, tendo participado do festival Videobrasil de 2004. Mostra um grupo de pseudo-terroristas que sequestram um empresário e fazem críticas sociais enquanto humilham o mesmo. Com panos cobrindo seus rostos, os atores evocam os presos e toda a imagética do PCC, de clipes de rap e de documentários sobre o Carandiru (um ganho, aliás, na nossa cultura visual e política). Evocam também os vídeos exibidos pela TV árabe Al-Jazeera, que se tornaram ítem célebre de um imaginário mauricinho de esquerda, anti-Bush e anti-americano (de shopping). Ontem, a coisa foi de verdade, e o silêncio predomina. A Globo, que insiste em censurar a sigla PCC (denial), pelo menos até onde pude perceber, parou de mencionar o fato. A Globo"news" (sic), no seu "em cima da hora" das 02:00 de hoje, poucas horas depois da primeira transmissão do vídeo do PCC, noticiou somente a guerra no Líbano. Será que a ditadura ainda não acabou? Será que a nossa mídia não se acostuma com a liberdade de imprensa, ou isso é coisa de gringo também? No vídeo, ao qual não tive acesso, e que não está no Youtube infelizmente, um personagem encapuzado, lê um manifesto. A Globo, encurralada pelo crime, exibiu o vídeo como condição para a soltura de um dos seus profissionais, seqüestrado na noite de sábado. E eu, estupefato, não consigo nem articular um comentário decente, por me sentir um louco, que adoraria acordar desse pesadelo. Talvez essa situação, por tornar claro o conflito, leve a sociedade, a classe política, a elite, quem quer que seja, a tentar algum tipo de auto-crítica. Infelizmente, não sou otimista com relação a isso. Nos faltam heróis, ídolos, crenças e objetivos. E como uma pessoa perdida e cansada, nós levamos a vida, do jeito que dá.
Abaixo a transcrição do vídeo do PCC:
"Como integrante do Primeiro Comando da Capital, o PCC, venho pelo único meio encontrado por nós para transmitir um comunicado para a sociedade e os governantes.A introdução do Regime Disciplinar Diferenciado [RDD] pela Lei 10.792/2003, no interior da fase de execução penal, inverte a lógica da execução penal. E coerente com a perspectiva de eliminação e inabilitação dos setores sociais redundantes, leia-se 'a clientela do sistema penal', a nova punição disciplinar inaugura novos métodos de custódia e controle da massa carcerária, conferindo à pena de prisão o nítido caráter de castigo cruel.O Regime Disciplinar Diferenciado agride o primado da ressocialização do sentenciado vigente na consciência mundial desde o ilusionismo [sic] e pedra angular do sistema penitenciário, a LEP.Já em seu primeiro artigo, traça como objetivo do cumprimento da pena a reintegração social do condenado, a qual é indissociável da efetivação da sanção penal. Portanto, qualquer modalidade de cumprimento de pena em que não haja constância dos dois objetivos legais --castigo e a reintegração social--, com observância apenas do primeiro, mostra-se ilegal, em contradição à Constituição Federal.Queremos um sistema carcerário com condições humanas, não um sistema falido, desumano, no qual sofremos inúmeras humilhações e espancamentos.Não estamos pedindo nada mais do que está dentro da lei. Se nossos governantes, juízes, desembargadores, senadores, deputados e ministros trabalham em cima da lei, que se faça justiça em cima da injustiça que é o sistema carcerário, sem assistência médica, sem assistência jurídica, sem trabalho, sem escola, enfim, sem nada.Pedimos aos representantes da lei que se faça um mutirão judicial, pois existem muitos sentenciados com situação processual favorável, dentro do princípio da dignidade humana.O sistema penal brasileiro é, na verdade, um verdadeiro depósito humano, onde lá se jogam seres humanos como se fossem animais.O Regime Disciplinar Diferenciado é inconstitucional. O Estado Democrático de Direito tem a obrigação e o dever de dar o mínimo de condições de sobrevivência para os sentenciados. Queremos que a lei seja cumprida na sua totalidade. Não queremos obter nenhuma vantagem.Apenas não queremos e não podemos sermos [sic] massacrados e oprimidos. Queremos que, um, as providência sejam tomadas, pois não vamos aceitar e não ficaremos de braços cruzados pelo que está acontecendo no sistema carcerário.Deixamos bem claro que nossa luta é contra os governantes e os policiais. E que não mexam com nossas famílias que não mexeremos com as de vocês. A luta é nós e vocês."

10 de ago. de 2006

Fotos


Finalmente eu tomo coragem, rasgo o papel e olho para aquele quadro. Não faz sentido aquilo, aquela coisa encostada na parede, meses a fio. Não suporto (mais) essa característica, de guardar-se: para quê? Para quando? Quando é a hora certa?? Não há, não existe. A vida é agora, tanta gente já disse.
Esse quadro é algo que eu mesmo montei, junto com meu irmão, numa brincadeira babaca de um dia desses de férias, cheio de horas inúteis, num momento de inspiração espontânea. Olhei as fotos: 1973. Sonhos que nasciam, projetos que começavam, sorrisos plenos de realização, esfuziantes, a própria esperança no futuro. As fotos, coladas num papel branco, começam a amarelar. As beiradas estão retorcidas, a cola já não funciona muito bem. As imagens estão velhas, escurecidas. Vê-las assim, perto uma da outra, sugere algo que já não existe mais: essa narrativa é a do passado. Seja na sua forma original, seja na sua releitura; uma história que eu mesmo criei. Na parede a coisa toda parece seca, estática, melancólica. Nada melhor para exprimir o que sobrou de tudo que aquilo poderia ter sido.
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Mas sem melancolias, pois aquilo tudo, o que poderia ter sido, foi, desabrochou, deu frutos. Eu sou parte disso, e isso é parte de mim. Folhas secam e caem, flores murcham. Mas a beleza que ali existia não morre da mesma forma. Transmuta-se; revive em mim, em nós.

6 de ago. de 2006

Elio Gaspari para presidente

Estive pensando em escrever algo sobre a recente pseudo-polêmica em torno de uma constituinte exclusiva para a reforma política; mas fui poupado desse trabalho pelo excelentíssimo senhor Elio Gaspari que, na sua coluna de hoje da Folha de S. Paulo, resumiu tudo o que eu penso sobre essa questão de forma brilhante, como é de seu costume. Reproduzo o trecho específico sobre esse tema:
ELIO GASPARI
A Constituinte é um golpe parlamentar

Getúlio e Brizola namoraram idéia de Constituinte. Deram-se mal, para a satisfação dos seus adversários políticos

A PROPOSTA de convocação de uma eleição para formar uma Assembléia Constituinte depois de outubro é golpista, dissimulada, velha e suicida. É golpista porque pretende obter de um Congresso desmoralizado uma emenda constitucional que eleja e instale uma Constituinte alavancada pelo resultado presidencial de outubro. A idéia foi endossada por Nosso Guia e pelo comissário Tarso ("Fora FHC") Genro.Em tese, seria uma Constituinte para fazer a reforma política. Trata-se de matéria que não precisa desse remédio e que não prosperou nos últimos anos porque o governo preferiu manter aberto o guichê pagador da corrupção política. O que se busca é a afirmação autoritária do Poder Executivo.O governo tem hoje uma bancada sólida de 250 votos num Congresso de 594 cadeiras. Na próxima eleição o PT poderá perder pelo menos 20 de seus 81 deputados. Estimando-se que os outros partidos de mensaleiros e sanguessugas percam outras 20 cadeiras, avizinha-se um Congresso onde Lula, reeleito com pelo menos 50 milhões de votos, terá vida dura. A Constituinte será um videoteipe editado. Algo que permita mostrar Roberto Carlos tirando o passe de Zidani do caminho de Henry. Quando Lula diz que os deputados e senadores deste Congresso não podem fazer uma reforma política porque "estão legislando em causa própria", ofende a inteligência da escumalha: De onde virão os constituintes? Do sistema político brasileiro ou de Marte? Vedando aos eleitos de outubro o direito de concorrer à Constituinte, os çábios inventarão o poder da ponta de estoque, com uma bela bancada de refugados.A proposta é golpista porque pretende modificar o curso das instituições nacionais. Isso já foi feito duas vezes. Em 1840 o Parlamento golpeou a Regência declarando a maioridade de D. Pedro 2º aos 14 anos. Em 1961, noutro golpe, instalou-se um regime parlamentarista para mutilar os poderes de João Goulart, presidente constitucional do país.A proposta é dissimulada porque irá além do pretexto da reforma política. Gerará uma situação parecida com a da Venezuela de Hugo Chávez, a Bolívia de Evo Morales e a Argentina das últimas reformas de Néstor Kirchner.Ficando-se no varejo partidário, pretende-se revogar os efeitos das cláusulas de desempenho, que afastam da bolsa da Viúva os partidos sem votos. Isso e mais o voto de lista, pelo qual a patuléia não escolherá mais os deputados. Ele virão empacotados pelas cúpula$ partidária$.A Constituinte de Nosso Guia será um fator de instabilidade política sem paralelo nas últimas décadas. Para gosto de seus mais radicais adversários, recolocará o tema da legalidade no pano verde da política nacional.O truque da Constituinte como gazua presidencial já foi usado duas vezes. Em 1945, Getúlio Vargas empurrou com mão de gato a campanha da "Constituinte com Getúlio". Em março de 1964, Leonel Brizola defendeu a eleição de uma Constituinte, a partir do fechamento do Congresso (coisa que Lula jamais sugeriu). Deposto, o Pai do Pobres foi para São Borja. Exilado, Brizola foi para o Uruguai. Nos dois casos, a manobra serviu muito bem aos adversários.
Elio Gaspari, que escreveu extensamente sobre a ditadura, vem alertando há tempos sobre como o jogo político em torno da corrupção e da ética na política costuma, no Brazil, ser usado em prol dos interesses anti-democráticos e autoritários. Mas como não saiu no Fantástico, isso não repercute quase nada, não é minha gente?! O que eu acrescentaria à análise é que esse golpe branco de uma reforma, que busca impor mudanças na Constituição a partir de voto de maioria simples (50% mais 1) e não de dois terços, é que ela faz Lula se aproximar do seu antecessor FHC, que praticou o mesmo golpe ao aprovar a reeleição para si próprio, num processo cercado de indícios de corrupção e compra de votos. Não quero que isso pareça uma análise "lulista" que insiste em trazer o passado para justificar os erros do presente; estou aqui é deixando claro que ambos são cada vez mais semelhantes em suas táticas, e representam, infelizmente alguns dos piores traços da nossa cultura política. O nosso congresso nacional, por mais fajuto que seja, é legítimo, foi eleito com o voto popular, e representa de alguma forma o estado de coisas em que nos encontramos. Nossas leis prevêem formas de punição para os congressistas bandidos, mas essas punições simplesmente não são aplicadas, seja por que quem julga também teme ser pego, seja por que pensamos que seja normal que a elite faça uso privado da coisa pública, aproximando cada vez mais a res publica da privada (no sentido chulo). Qualquer constituinte seria composta pela mesma classe política que povoa Brasília hoje, fruto de um país inexplicavelmente desigual e pobre. Como me disse um colega antropólogo, as leis do nosso país são para inglês ver: o que funciona, de fato, é o costume, o jeitinho e, nesse sentido, o nosso país segue as regras como nenhum outro. Até por isso mesmo o escândalo do mensalão não deu em nada, assim como não darão em nada as investigações sobre os chamados sangue-sugas. Acho ingênuo achar que "choques éticos" ou "revoluções pela educação" adiantarão de algo: precisamos é fazer funcionar a democracia existente, promovendo o acesso das parcelas excluídas, votando em forças políticas comprometidas com projetos de mudança. Enquanto o PCC não toma o poder, é o que pode ser feito, já que da nossa elite não se pode esperar nada. Vivemos num eterno ancien régime, e a revolução não aconteceu: mas é por que o povo não quis mesmo; este preferiu sambar, ver a copa do mundo e comentar a novela das 8; achou mais produtivo rezar pelos Mamonas Assassinas e fazer vigília no túmulo do Ayrton Senna, tomar água abençoada pelo pastor da televisão, fazer carteirinha de estudante falsa pra pagar meia entrada, votar no Maluf e no ACM e fazer piadinha de preto e pobre. Enfim, é isso aí Brasil! E que venha o horário político!

4 de ago. de 2006

Ainda sobre vampiros: Akai

Recebi hoje uma mensagem no meu email, daquelas que eu adoro: uma pessoa, identificada apenas como 'alguém', me mandou um link para o Youtube. Vejo então o trailer de um curta do cineasta Carlos Gananian, intitulado Akai. Se não me engano, tive a oportunidade de ver o filme Coagula, desse mesmo cineasta, no Festival Internacional de Curtas de 2005. O trailer, extremamente sugestivo, não passa de uma cena de um aparente ataque de um suposto vampiro. Digo "suposto" pois tudo parece problemático ali. A trilha, evocando gritos, sugere uma dúvida ou algo fora de lugar. A princípio, achei que fosse apenas a presença do vampiro, mas depois me pareceu, pela expressão do mesmo, que fica sugerida a possibilidade de ser apenas um alguém extremamente confuso e doente. A trilha de sangue me pareceu bastante realista e macabra, e a visão do vampiro é das mais inspiradoras. Adoraria ver o trabalho inteiro! Veja o trailer você mesmo, clicando abaixo:

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